Fachada 4º BPM
PMTO/Divulgação
A Polícia Civil cumpriu sete mandados de busca e apreensão em três quartéis da Polícia Militar e contra quatro policiais militares nesta quinta-feira (6). A investigação tem relação com a suposta execução de Jefferson Lima Borges, de 25 anos.
Os PMs são investigados por suspeita de envolvimento na morte de Jefferson. O caso aconteceu em setembro de 2025, quando o corpo do jovem foi encontrado com marcas de tiro às margens da TO-181, em Sandolândia.
Os mandados foram autorizados pela 1ª Escrivania Criminal de Araguaçu. Os investigados são um tenente e três soldados da PM. Os nomes não foram divulgados, por isso o g1 não conseguiu contato com as defesas deles.
As ordens foram cumpridas no 4º Batalhão da Polícia Militar, na 7ª Companhia Independente de PM de Alvorada e no pelotão da PM em Araguaçu, além de endereços ligados aos policiais.
A Polícia Militar informou que eles foram afastados de suas funções “para garantir a total transparência e isenção das investigações”. A PM também disse que está colaborando integralmente com todas as fases da investigação (veja nota completa abaixo).
A Secretaria de Segurança Pública informou que a operação foi realizada com apoio do Ministério Público do Tocantins e foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão. O órgão informou que “os policiais civis foram recebidos com cordialidade e colaboratividade pelos representantes dos órgãos” e que a investigação corre em segredo de Justiça.
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Conforme apurado pela TV Anhanguera, as investigações apontam que um dos soldados teria omitido informações quanto à pessoa que encontrou o corpo ao registrar o caso. Ele ainda teria afirmado que não havia ninguém no local onde Jefferson foi localizado.
A Polícia Civil identificou que a testemunha ocultada no registro teria visto a chegada de um tenente e de um soldado em uma caminhonete prata. Segundo as investigações, essa informação também teria sido ocultada no registro do policial militar.
Conforme apurado pela investigação, no dia em que o corpo de Jefferson foi encontrado, a testemunha teria visto uma caminhonete, com características idênticas às do veículo dos policiais, trafegando em sentido contrário, instantes antes de encontrar o corpo na rodovia.
Armas apreendidas
Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça também determinou a apreensão, nos quartéis, de registros ligados às armas de fogo funcionais ou particulares dos investigados, e a apreensão dos armamentos dos militares.
Os policiais também não podem se comunicar entre si e estão proibidos de se aproximar das testemunhas do caso.
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Corpo encontrado na TO-181
O caso foi registrado na madrugada de domingo (21). O jovem foi identificado como Jefferson Lima Borges. Segundo a Polícia Civil, foram identificadas perfurações no corpo da vítima e na moto que estava ao seu lado.
A Polícia Civil informou que, inicialmente, uma equipe foi chamada para verificar um possível acidente de trânsito, mas, no local, identificaram evidências do crime de homicídio.
A perícia recolheu duas cápsulas de calibre 9mm e o corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Gurupi.
Trecho da TO-181, próximo de Sandolândia
Google Street View/Reprodução
Íntegra da nota da Polícia Militar do Tocantins
A Polícia Militar do Tocantins (PMTO), em referência à operação deflagrada nesta quinta-feira, 06, pela Secretaria da Segurança Pública e pelo Ministério Público, referente à investigação do homicídio ocorrido em Sandolândia, que acompanhou o cumprimento dos mandados judiciais.
PMTO informa ainda que os policiais militares foram afastados de suas funções operacionais como medida para garantir a total transparência e isenção das investigações.
A corporação é a maior interessada na elucidação completa dos fatos e reitera que está colaborando integralmente com todas as fases da investigação.
A Polícia Militar do Tocantins reitera a confiança em seus integrantes e em sua atuação, pautada pela legalidade e pelo respeito aos direitos humanos. A instituição reafirma seu compromisso com a justiça e a transparência, e trata com o máximo rigor todo e qualquer desvio de conduta, não coadunando com atos contrários aos princípios da corporação.
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Fonte: G1 Tocantins
