Onze pessoas são presas durante ações de combate a ‘gatos’ de energia em duas cidades

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Polícia Civil e Energisa fizeram mais de 200 inspeções em Porto Nacional e Paraíso do Tocantins nesta semana. Quase 50 ligações clandestinas foram identificadas. Fiscalização começou na segunda-feira (19) e seguiu até esta sexta-feira (22)
Divulgação/Energisa
Uma ação de combate às ligações irregulares de energia – os chamados gatos – levou à prisão de 11 pessoas, além de diversas autuações e identificação de mais crimes de furto de energia elétrica. Policiais civis e funcionários da Energisa, concessionária responsável pelo serviço no Tocantins, percorreram as cidades de Paraíso do Tocantins e Porto Nacional durante toda a semana.
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Conforme a polícia, a ação começou na segunda-feira (18) e seguiu até esta sexta-feira (22). De 212 inspeções realizadas, as equipes fizeram 49 interrupções da fraude por furto de energia e ainda aplicaram 33 autos de infração.
O furto de energia elétrica é crime previsto no Código Penal Brasileiro. Caso seja descoberto, o responsável pelo ‘gato de energia’ pode ser penalizado com até quatro anos de prisão, além de pagar multa.
Riscos
Um dos maiores problemas da irregularidade, além do crime, é o risco que as ligações feitas de forma errada possam causar ao imóvel. Conforme a Energisa, a rede elétrica é projetada para atender a um determinado número de clientes e esses desvios sobrecarregam essa rede.
“Desvios de energia podem prejudicar todos os usuários, causando sobrecarga na rede, oscilações, faltas de energia e danos a equipamentos e transformadores”, disse o coordenador de medição e combate a perdas da Energisa, Ricardo Pedrosa.
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Conforme o delegado João Batista Marques, da delegacia especializada de Repressão a Crimes contra Concessionárias de Serviço Público (DRCSP – Palmas), ainda há diligências em andamento para identificar possíveis situações de irregularidade e reforçou que todos podem pagar pelo prejuízo causado por poucos.
“É muito importante tanto para Energisa quanto para o cidadão, porque na realidade quem furta energia está dando prejuízo não só para a concessionária mas para todos os outros, porque essa conta é paga por todos”, disse o delegado.
Material apreendido pelas equipes
Divulgação/Energisa
Dados anuais
Conforme a Polícia Civil e a Energisa, em 2020 foram registradas 5.167 ligações ilegais, seguidas por 4.873 em 2021. Em, 2022 o número saltou para 5.318 em 2022. Até agosto de 2023, foram localizados 3.544 ‘gatos’ de energia.
Para a Energisa, a quantidade de energia furtada através desse tipo de ligação poderia abastecer uma cidade do tamanho de Paraíso do Tocantins por seis meses.
Palmas lidera com o maior número de ligações criminosas neste ano. Veja:
Palmas – 1.224 casos
Araguaína – 426 casos
Gurupi – 219 casos
Como denunciar
Os interessados em denunciar situações irregulares podem fazer isso de forma anômina. Basta ligar para a Energisa por meio de um dos canais de atendimento. Um deles é o call center, no número 0800 721 3330.
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Fonte: G1 Tocantins