Ator foi encontrado morto em uma banheira de hidromassagem, após sofrer overdose que ainda gera investigações na Justiça. Nesta segunda-feira (28), completou-se um ano da morte de Matthew Perry, ator que ganhou fama ao interpretar o Chandler de “Friends”. Ele morreu aos 54 anos, por overdose. Desde então, a polícia americana investiga o caso.
Cinco pessoas foram presas, acusadas de estarem ligadas à morte. Dessas, três se declaram culpadas: o médico Mark Chavez, que diz ter fornecido cetamina ao artista; o assistente Kenneth Iwamasa, que diz ter injetado a droga nele sem treinamento médico; e Erik Fleming, conhecido de Perry que alega ter comprado 50 frascos da substância e repassado para Iwamasa.
Os outros dois acusados se dizem inocentes. Eles são o médico Salvador Plasencia e uma mulher conhecida como a “rainha da cetamina”, Jasveen Sangha.
O ator Matthew Perry, morto aos 54 anos, em imagem de 2009
Matt Sayles, File/AP
O procurador Martin Estrada, diz que os médicos forneceram a Perry uma grande quantidade de cetamina e questionaram quanto ele estaria disposta a pagar.
“Esses réus aproveitaram-se dos problemas de dependência do Sr. Perry para enriquecer. Eles sabiam que o que estavam fazendo era errado”, afirmou Estrada.
A polícia alega que essa investigação acabou levando ao descobrimento de uma “ampla rede criminosa” de traficantes de drogas.
A morte
Perry foi encontrado morto em uma banheira de hidromassagem. Quem achou seu corpo foi Iwamasa, que morava com ele.
O relatório da autópsia indica que Perry estava em terapia de infusão de ketamina, mas a substância encontrada em seu sangue não pode ser proveniente de sessão terapêutica, já que sua última havia sido há mais de uma semana.
“Com os altos níveis de ketamina encontrados em suas amostras de sangue, os principais efeitos letais seriam tanto da superestimulação cardiovascular quanto da depressão respiratória”, diz o relatório.
O exame também revelou evidências de sedativos no corpo de Perry. Outros fatores contribuíram para a morte, considerada acidental: o próprio afogamento na banheira; a presença de doença arterial coronariana; e os efeitos da buprenorfina, usada para tratar o transtorno por uso de opioides.
Um ano antes de morrer, Perry havia lançado sua autobiografia: “Friends, Lovers and the Big Terrible Thing”, na qual falou sobre seu vício em drogas e período em que esteve numa clínica de reabilitação.
“Existe um inferno”, escreveu ele. “Não deixe ninguém lhe dizer o contrário. Eu estive lá. Isso existe. Fim de discussão.”
Fonte: G1 Entretenimento